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Somos um grupo de estudantes indígenas que junto a nossa tutora formamos o PET Comunidades Indígenas localizado na UFBA com o intuito de colaborar na implementação da Lei 11645/08.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

I seminario Abril Indigena da UFBA

Realizado no dia 29 de abril de 2011, no auditório do PAF I no campus UFBA Ondina como ultima ação do abril indígena, um mês de ações na UFBA, com rodas de conversa, construção da Xoça e vinculação do Xoça manifesto.


PROGRAMAÇÃO
 I SEMINÁRIO – ABRIL INDÍGENA
DIA 29/04/2011


MESA TEMÁTICA
PALESTRANTES
HORÁRIO









MANHÃ
Lei 11.645/08 e as políticas afirmativas para os povos indígenas

Amporá  Pata xó Hã-hã-hãe
Rosilene Tuxá
Mediação: Jessica Xucuru-Cariri

9:00- 10:00
A Educação Escolar Indígena na Bahia
Professores indígenas e pesquisadores do Observatório da Educação escolar Indígena – Núcleo Yby Yara

Mediação: Prof.ª Drª. América Lúcia César

10:20-11:20





TARDE
        Saúde indígena

Thales Oliveira Pankararu                            
Sirlene  Pataxó
Maria Kiara Oliveira Pankararu                      

 Mediação: Pedro Oliveira Pankararu                          


14:00 – 15:00

Arte e cultura dos povos indígenas


Taquary Pataxó

Jerry Matalawê Pataxó

Mediação:  Ariádila Pataxó
16:00-17:00

O seminário teve mesas com os temas: educação, saúde e cultura dos povos indígenas. O diferencial desse seminário foi que as mesas foram compostas somente de indígenas, tanto estudantes membros do PET Comunidades Indígenas ou convidados externos. Contamos também com a presença do Observatório da Educação Escolar Indígena, que esteve à frente da mesa que tratava da educação escolar indígena, mostrando um pouco do trabalho desenvolvidos por este projeto.
Tivemos a participação de um estudante indígena americano da etnia Apache, que povoam a região central e sudoeste dos Estados Unidos e também têm territórios no México, ele falou um pouco de como é a realidade indígena nesses espaços, respondendo a perguntas dos ouvintes, ao final de sua breve apresentação entoou um canto em homenagem as mulheres.
Contamos também com a presença de Wakai  kariri-Xocó/Funi-ô, da reserva Thá-Fene que fica em Lauro de Freitas. Wakai falou um pouco da cultura indígena e sua relação com a natureza, também tocou flautas e entoou cantos na língua funi-ô.
Este seminário foi um momento muito importante para nós estudantes indígenas porque nos possibilitou abrir um espaço dentro da universidade para se perceber e discutir os temas que envolvem a questão indígena. Um espaço que não pode ser fechado e essa é a nossa proposta enquanto PET Comunidades indígenas trazer as aldeias para dentro da universidade e a universidade para as aldeias.


sábado, 27 de agosto de 2011

XOÇA MANIFESTO





Você sabia que têm índios Pataxó, Pankararu e Xucuru-Kariri nesta universidade?
Pois fique sabendo que sim!! E todos estão espalhados por diversas áreas do conhecimento: Artes, saúde, ciências humanas e educação; mesmo depois de mais de cinco séculos de exploração, assassinatos e tentativas de extinção. Talvez você não tenha percebido, porque não somos como o índio retratado na Carta de Caminha ou nas pinturas do período colonial.
            A inserção na universidade se constitui hoje como um novo lugar para que nós, povos indígenas, lutemos pela valorização da nossa cultura e do nosso modo de vida, e da nossa sobrevivência enquanto povos diferenciados. Assim, podemos demonstrar que não estamos fadados a desaparecer e que estamos dispostos a lutar pela nossa sobrevivência física e cultural. Por isso, acreditamos que o protagonismo indígena deve ser adotado enquanto ideologia e prática na tomada de decisões que nos afetam, direta ou indiretamente. Desse modo, a participação ampliada dos índios nas esferas de exercício do poder é fundamental.
Por isso entendemos a importância de inserir o debate político sobre as questões indígenas dentro dos espaços da Universidade. Percebemos que a comunidade universitária ignora a realidade e luta dos povos indígenas. Mas não saímos das nossas aldeias para enfrentar esse mundo acadêmico em vão!!! Se a universidade não está preparada para nos receber, nós vamos prepará-la. Não queremos ser apenas “objeto de pesquisa” de uma ciência que nos exclui enquanto sujeitos históricos e produtores de conhecimento. À universidade se atribui um grande potencial de transformação da sociedade e esta deve começar por renovar a si mesma. Entendemos que este deve ser um espaço não apenas que represente a diversidade no discurso, mas que seja efetivamente construído por ela.
Por isso, acreditamos que democratizar é garantir que diferentes concepções e opiniões interajam para construir um ambiente de diálogo e de verdadeiro respeito às diferenças. Um lugar tão importante como a Universidade, será muito mais rico e possível se os sujeitos que constroem esse espaço representarem a própria diversidade das sociedades.
Nós, índios das etnias Pataxó, Pankararu e Xucuru-Kariri, não queremos ser considerados apenas pelo que fomos, por nossas perdas. Nós queremos ser entendidos e respeitados como parte de um processo mais amplo de reelaboração sócio-cultural que nos faz ser o que somos hoje: povos que se diferenciam em vários aspectos, mas que se unem na luta pela manutenção de nossas identidades indígenas, pelo respeito à diversidade étnica, e mesmo pelo direito a existir.
QUEREMOS mostrar quem somos e o que queremos dentro desta universidade.
QUEREMOS fazer HISTÓRIA, engenharia, química, psicologia, economia...
QUEREMOS uma ciência que não nos oprima, mas que nos respeite e valorize.
QUEREMOS manter um dialogo horizontal com a universidade.
QUEREMOS abrir a universidade para as comunidades indígenas.
QUEREMOS assistência estudantil que garanta a permanência dos estudantes que vêem das aldeias, assegurando moradia, transporte, alimentação, material didático.
QUEREMOS pesquisa e extensão diferenciada e voltada para as nossas comunidades, pois não queremos perder o vínculo com nossos povos, nem com a luta geral do movimento indígena.
QUEREMOS A REVERSÃO da língua limitada dos que falam do indígena como bicho, animal sem alma, coisa medíocre, preguiçoso, sem entender que o índio tem muito a dizer e a ensinar..
Ser índio é ser guerreiro, persistente e nunca desistir, é lutar sempre, e a cada dia descobrir uma nova estratégia de sobrevivência.
Nós queremos que as pesquisas e os projetos de extensão sejam utilizados em benefício de nossos povos e por isso percebemos a importância da nossa participação na formulação e execução desses projetos.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

RODA DE CONVERSA

Roda de conversa

Aconteceu no dia 09 de abril de 2011, no Instituto de letras. Denominada de Roda de conversa, a atividade contou com a presença de diversos estudantes índios, não índios, professores e dentre outros. O encontro foi conduzido com bastante entusiasmo e inovação, esteiras foram espalhadas pelo chão para que os convidados pudessem se acomodar, artesanato e artefato indígena expostos ao centro da roda, além de apresentação da dança tradicional Pataxó. Houve simultaneamente a construção de uma Xoça, (casa tradicional, muito comum no período em que os Pataxó eram nômades), na ocasião erguida estrategicamente como forma de protesto e instigar a curiosidade do público que transitava por aquele espaço. O encontro foi organizado pela professora tutora Suzane Costa e pelos próprios estudantes indígenas, que se colocaram a disposição dos colegas universitários para um bate papo, no qual discutiram questões como:
·        Apresentação do PET comunidade indígena
·        Presença do índio na universidade, problemáticas e desafios, do ingresso e permanência na universidade.
·        Como estes índios se vêem, e como são vistos pelos demais estudantes e professores? Ao passo que os povos indígenas do estado da Bahia, assim como do nordeste são vítimas de preconceitos, por muitos não apresentarem um fenótipo parecido com os índios visto no período colonial.
·        Como os índios e os não índios têm visto a saída de estudantes indígenas para cidade, para cursar uma faculdade?
·        Conhecimento tradicional indígena e conhecimento científico e o paradoxo de conciliar ou superar?
·        Quais são as perspectiva dos estudantes indígenas após a conclusão do curso? Irão permanecer em salvador ou retornarão as suas aldeias de origem?
Esse encontro teve como finalidade apresentar o PET comunidade indígena, divulgar o Abril Indígena-UFBA e o manifesto Xoça, incitar nos acadêmicos o interesse de conhecer as questões indígenas, desmitificar idéias e estereótipos sobre esses povos. Além de informar a comunidade universitária sobre a existência de 16 índios, dos povos indígenas Pataxó, Pataxó Hã hã hãe, Xucuru Kariri e Pankararu, que estudam e convive junto com os demais estudantes, no entanto muitas vezes desconhecido. Esta iniciativa fez parte de um conjunto de ações executado no mês de abril nos espaços da UFBA, tendo como objetivo dá visibilidade aos estudantes índios, sobretudo trazer o debate das questões indígenas para as dentro dessa universidade.
 

O QUE É PET?




Programa de Educação Tutorial foi criado para apoiar atividades acadêmicas que integram ensino, pesquisa e extensão. Formado por grupos tutoriais de aprendizagem, o PET propicia aos alunos participantes, sob a orientação de um tutor, a realização de atividades extracurriculares que complementem a formação acadêmica do estudante e atendam às necessidades do próprio curso de graduação. O estudante e o professor tutor recebem apoio financeiro de acordo com a Política Nacional de Iniciação Científica.

PET COMUNIDADES INDÍGENAS - UFBA  



O PET (Programa de Educação Tutorial) – Comunidades Indígenas é um programa de pesquisa e extensão criado em dezembro de 2010. Constituído atualmente por estudantes de graduação das etnias Pataxó, Pankararu e Xucuru-kariri. O programa é orientado conforme determinações do EDITAL Nº 9, Programa de Educação Tutorial, PET 2010 - MEC/SESU/SECAD e coordenado pela professora doutora Suzane Lima costa. O PET Indígena trabalha com a Multi/interdisciplinaridade tendo como temática: História e cultura Indígenas escolas de ensino médio e fundamental: por uma ação política para implementação da lei 11.645/08.
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